Adormecera tarde.
Sentia-se estranha como se precisasse urgentemente de viajar para longe,
esquecer tudo. Fechou os olhos esperando que o sono chegasse para não ter de
pensar. Foi feliz. Num repente navegava por outros mundos. Cores em turbilhão
moldavam-se aos seus olhos e escutava sons maravilhosos. Não percebia se voava
ou mergulhava no mais fundo dos oceanos… diluía-se e era uma estrela… um ponto
de luz… e afinal sentia-se tão viva no nada em que se transformara…
Paula Coelho Pais, 53 anos, Lisboa
Desafio nº 74
– nada em que se transformara
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