22/09/14

Uma estrela

Adormecera tarde. Sentia-se estranha como se precisasse urgentemente de viajar para longe, esquecer tudo. Fechou os olhos esperando que o sono chegasse para não ter de pensar. Foi feliz. Num repente navegava por outros mundos. Cores em turbilhão moldavam-se aos seus olhos e escutava sons maravilhosos. Não percebia se voava ou mergulhava no mais fundo dos oceanos… diluía-se e era uma estrela… um ponto de luz… e afinal sentia-se tão viva no nada em que se transformara…

Paula Coelho Pais, 53 anos, Lisboa

Desafio nº 74 – nada em que se transformara

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