Nenhuma solução havia
que o animasse. De inteiro, cheio de atitude e galhardia, tornou-se num gato
frouxo, que, de felino passara a gato manso, sem nervo nem alma.
Robustecia-o a certeza
de que não era culpa sua, mas daquela airada gata, de pêlo solar e pose de
bailarina que, do muro vizinho, atrevida e confiante, espicaçava a gataria.
Para ele, nem uma
inocente piscadela.
Serigaita abusiva...
Triste e acabrunhado,
cogitava agora, no nada em que se transformara.
Elisabeth Oliveira Janeiro, 70 anos, Lisboa
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