Não me importo com as rimas. Raras vezes há duas
árvores iguais. Nem com os versos serem versos, prefiro as palavras
em desalinho, como o vento. Como o voo de uma ave, sem começo e sem fim. Porque
a poesia não se objeta, concretiza ou deteta. Compreende-se pelo que
se sente no seu todo e não se interpreta, Detesta o relógio do tempo, destrói-o
e não o alimenta. Sem ontem nem amanhã. A poesia é o presente.
“Não me importo com as rimas. Raras vezes há duas
árvores iguais” – Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) in "O Guardador de
Rebanhos - Poema XIV"
“A poesia é o presente.” Ferreira Gullar, in
'Antologia Poética'
Constantino
Mendes Alves, 56 anos, Leiria
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