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A hora derradeira
Aquela não era uma hora fácil. Aceitar que não fizera a melhor escolha, lhe pesava os ombros. Entretanto, fardo maior seria ter que engolir as mágoas, ruminar a raiva, e rabiscar a vida, quando se pode certamente bem mais. Prosseguiu faxinando a memória, desocupando gavetas e pastas como gostaria de esvaziar mente e coração. Guardaria em lugar inacessível as sobras de si mesmo, resíduos petrificados, qual folhas secas, papel amassado, dos quais não desejava jamais se desfazer.
Roseane Ferreira, Macapá, Estado de Amapá, Brasil
Desafio nº 68
– imagem de uma folha amarrotada
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