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Agora, que o dia chegava ao fim, apetecia-me gritar
que tudo não passara de um desperdício! E de quem era a culpa? Minha, como
sempre. Deixara-me levar pelas ideias dos outros, pela ideia que fazia dos
outros, pela ideia que tinha sobre o que os outros pensavam de mim. Ignorei-me.
Agora era tarde, o dia passara, a oportunidade também.
Sonhei? Nem hesitei… nem sonhei.
À minha frente, os sonhos dos outros ocupavam o meu
espaço. Aprendi? Talvez…
Margarida
Fonseca Santos, 53 anos, Lisboa
Desafio
nº 22 – frase simétrica
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