Liberdade e alegria
Um dia de inverno, madrugou. Queria, já não dormia. Que fazer a rolar de lado a lado na enxerga? Olhar o vazio negro? De roldão, jogou o edredom ao fundo, fugiu do ninho e lavou o nariz, e a alma, à malandra; enfiou a malha fofinha e alva e o algodão azul. Meia negra a guardar do frio. Anoraque enfiado e faixa vermelha, a envolver. Já na rua, o aroma da erva húmida inebria-a. Liberdade e alegria.
Rosa
Maria Pocinho dos Santos Alves, 51 anos, Coimbra
Desafio nº 78 –
escrever sem C P S T
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