Carimbadela aqui e acolá, zás pás trás, zás trás pás, voam os impressos
em ritmo rápido e cadenciado
a preto e branco. O Pedro apanhou-lhe o jeito e
agora não quer outra coisa. As folhas evolam-se em danças retorcidas de letras
alacres e travessas e números a preceito que sisudos e grandes metem respeito.
Salta um til aqui com ponto vermelho e o traço de uma soma dá-lhe um galanteio.
– Venha cá, ó Freitas.
Acaba-lhe o sonho.
Palmira Alvor Figueiredo, 51 anos, Lisboa
Desafio nº 83
– texto sobre imagem de Francisca Torres
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