06/02/15

Venha cá ó Freitas

Carimbadela aqui e acolá, zás pás trás, zás trás pás, voam os impressos em ritmo rápido e cadenciado
a preto e branco. O Pedro apanhou-lhe o jeito e agora não quer outra coisa. As folhas evolam-se em danças retorcidas de letras alacres e travessas e números a preceito que sisudos e grandes metem respeito. Salta um til aqui com ponto vermelho e o traço de uma soma dá-lhe um galanteio.
– Venha cá, ó Freitas.
Acaba-lhe o sonho.

Palmira Alvor Figueiredo, 51 anos, Lisboa

Desafio nº 83 – texto sobre imagem de Francisca Torres

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