A
sentir náuseas só de olhar para os enormes olhos esbugalhados,
do grandalhão peixe assado, escalado e colocado numa travessa, em cima da
mesa, apenas conseguiu assentir com a cabeça, quando o
anfitrião lhe indicou o lugar onde se sentar. Mesmo olhos nos olhos com o
peixão.
–
Comei-o, antes que arrefeça! – sentenciou o dono da casa, servindo os
convivas.
Ele,
revirando os olhos e engolindo em seco, quase gritou: – Não quero a cabeça! Eu
fico co’ meio.
Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves,
51 anos, Coimbra / Vila Nova de Anços
Desafio nº 85 – expressões homófonas
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