Chico, concluiu:
– A agulha rodou, a vida mudou, mas
a fotografia do passado, ah, ficou ad infinitum...
Abriu o armário, catou a antiga
caixa, pôs na cama. Tomado por viva nostalgia tocou com carinho a foto
usando a sacola surrada.
– Como
fora roubada?
Por pouco não chorou. Fora bom um
tanto. Trabalho duro, sol a sol, construiu a vida, casa, carro, família, alçou
outros voos. Acolá, achara o amor, único amor.
Guardou a fotografia.
A vida caminha.
Roseane Ferreira,
Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil
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