Suas mãos grossas e fortes acariciavam-lhe a face com inacreditável leveza. Seus olhos profundos mergulhavam nos dela até ao seu íntimo mais profundo. Suas bocas tocavam-se ao de leve num frémito de amor e ansiedade.
Uma atmosfera distante e irreal. Demasiado intenso mas etéreo!...
Como filme de amor onde ele era o ator principal.
Acorda. Um arrepio trágico percorre-lhe os membros. Sente-se desfeita, rota.
Estende as mãos. Nada.
Ele tinha partido há já muito tempo!...
Dorinda Oliveira, 72 anos, Arrifana, Santa Maria da Feira
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