Batem de leve nos
vidros da janela
com dedos tão brandos como asas,
passos perdidos num caminho
antigo.
O som é leve e quase hesita,
passa de manso a esvoaçar e nada
fica.
Espreito surpreendida.
Não há ninguém lá fora!
Só o rumor que vem dos matagais e
se demora.
Seria um queixume de alguém que
já passou?
Presságios ou sinais?
Seria a voz do vento que me
chama?
Ou o coração das pedras pulsando
nos pinhais?
Isabel Sousa, 63 anos, Lisboa.
Desafio RS nº 25 – dedos que batem
no vidro (cena)
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