Bau Pires e a Liberdade
Amava-a mais do que tudo. Por ela lutei, gritei, zanguei-me e até maltratei. Ela ouviu-me; veio tímida, de mansinho, e instalou-se. Aqueceu-me o sangue. Senti-me feliz por viver com ela.
De a ter sempre ao meu lado, quase me esqueci como era importante e única para mim. Triste, não chegou a partir, apenas me começou a ignorar e a tornar-se vulgar na mão dos outros. Desesperado, voltei a chamar o seu nome: Liberdade, porque te escreves assim?
Bau Pires, 49 anos, Porto
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