– Se calhar a minha amiga sabe mais... – Se arranjasse
maneira de lhe arrancar a verdade, pensava.
– A menina é bem destemida, mas necessita de ter
paciência – disse a anciã. – Siga, pedale pela vida sem pressas. Sinta as
entranhas da terra e lembre-se de permitir às pernas a merecida paragem.
– Deverei deixar a minha alma ditar a caminhada? –
demandei.
Devagar, a anciã meneia a cabeça e esclarece:
– Aprenda a atendê-la a cada amanhecer, e a vida far-se-á
leve.
Quita Miguel, 55 anos, Cascais
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