Depois de um longo período negro, vazio,
de espera angustiada e medo de falhar, ela surgiu.
Inicialmente, muito ténue, envergonhada.
Parecia comprometida por ousar romper as trevas com tanta limpidez. Mas não se
podia esconder mais. Foi conquistando espaço, ganhando confiança, engrossando
com palavras que começaram a chover em catadupa.
Quando menos esperava, aquela ideia tão
singela deu lugar ao seu melhor romance, o mais aclamado pela crítica, o mais
lido, candidato ao prémio “Romance do Ano”.
Ana Paula Oliveira, 54 anos, S. João da Madeira
Desafio nº 91 – cena metafórica de
gota de chuva que acaba numa poça
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