Cabra fiel
Sentava-se na beira da ponte a ver as águas revoltas, a falta de cores na tonalidade cinzenta dos dias de inverno. O vento cortante, por vezes, salpicava água gelada no rosto, fazendo-o acordar para a crueldade da vida. O inverno ao redor estendia-se pelo seu corpo de pastor e aninhava-se no coração de homem. O inverno da vida era a estação mais íntima de um homem, a mais triste, não fora a cabra a mais fiel companheira.
Alda Gonçalves, 47 anos, Porto
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Desafio nº 87 – ponte, rio, cabra
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