Hoje vamos subir a fasquia. Quem tira uma letra, tira duas –
e se forem vogais, tanto melhor!
Que tal
escrevermos sem usar o O e sem o U?
Impossível?! De todo, é bem divertido…
Eu já fiz vários, deixo aqui um deles (que é capaz de descrever o que sentem...):
A Margarida é perversa! Deseja narrativas sem certas
letras… Cansativa! Se se lembrasse de cenas mais fixes, para variar? Tentei fazer
rimas, nada. Tentei desenhar dramas em escada, nada. Desisti. Virei-lhe a cara,
para ela perceber a minha raiva. Ela, sem ceder, fingia-se distraída. Cabra! Estas
letras faziam falta era difícil deixá-las à margem, mas a Margarida cantava
baladas cínicas para me impacientar ainda mais. Perdi a serenidade! Agarrei-a
pela cabeça e apertei-lhe a garganta. Nem assim!
Margarida Fonseca
Santos, 54 anos, Lisboa