Esperei toda a noite que te
fizesses presença. Imaginei, a cada compasso do tempo, o toque suave dos teus
gestos na janela da minha alma, derramada na tua cruel ausência. A medo
espreitei cada momento guardado, desejando reter-te em mim, em nós… E, nesse amor
revisitado, esperei que chegasses. Senti o doce toque dos nós dos teus dedos…
corri, escancarei a janela da esperança. Percebi-me envolvida no vazio que a
saudade desenhou. Tinhas partido sem regresso anunciado.
Amélia Meireles,
62 anos, Ponta Delgada
Desafio RS nº 25 –
dedos que batem no vidro (cena)
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