Adormecido, o inverno fazia-se agora mais brando. A
meio da ponte, a neve já começara a derreter somando água à corrente forte do
rio. O sol a pico desnudava-a, mostrando cada pedra que compunha os seus
admirados arcos. Nascera e sentia-se Romana. Encurtava distâncias, unia as
margens, ouvia segredos, promessas, juras de amor, corridas de ladrões. E tudo
fluía…Tudo, não! Que fazia aquela estúpida cabra parada, no seu dorso,
hesitante entre o cá e o lá?
Amélia
Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
Desafio nº 87 – ponte, rio, cabra
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