Ao
fundo da cama um clarão rasgava luz. Alguém vinha às horas marcadas trazer o
parco alimento para a manter viva. Pensava-se que não ouvia e ninguém falava
com ela. Ouvia uma porta a bater, longe. Um dia, duas pessoas, um rapaz e uma
rapariga, chamaram-lhe mãe e sorriram. Uma lágrima contida nos olhos de cada um
deles. Olhava um e outro, mas não conseguiu proferir palavra. Naquela ilusão
olhou a estrela que a esperava e embarcou.
Maria do Rosário Oliveira,
49 anos, Leiria
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