Um clarão de mil asas de cisne encheu
o lago de luz. Da incubadora uma porta abriu-se e bateu com
um ruído cavo. Girinos, já sem rabo, ziguezagueando instalaram-se
entre o algodão de penas na vaidade de serem aves. Fadaram-nos com pernas
longas para que a ilusão se realizasse em curtos
voos, mas o vaticínio continha veneno: serem a eterna antítese da beleza.
Porém, tudo tem em si o seu contrário e a literatura
transformou-os em príncipes.
Maria
Jorgete Teixeira, 65 anos, Barreiro
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