02/07/15

Esperança encerrada

Sentia-se tantas vezes incapaz em ladear a instabilidade da vida.
Pela manhã, ainda mal desperta, abria as janelas e respirava a brisa fresca brandamente, sem pressas. A paz era-lhe essencial. Havia de vencer a apatia paralisante das tardes de invernia passadas sem ver vivalma.
A cada dia magicava resignada, na viagem trilhada, sem avistar a claridade almejada.
Dirigia-se à estante repleta de lembranças. Abria a caixa vermelha e retirava a carta amarelecida, desgastada...Tanta esperança ali encerrada.

Emília Simões, 63 anos, Mem-Martins (Algueirão)

Desafio nº 93 – escrever sem O nem U

4 comentários:

  1. Boa noite Margarida,
    Muito obrigada por ter publicado a minha história.
    Beijinhos e aproveito para lhe desejar um óptimo fim de semana.
    Emília

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    1. Muito obrigada, amiga Emília, para si também, um grande beijinho!
      E obrigada pela esperança na história

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  2. Ficou belíssima a sua participação, Ailime querida
    Um forte abraço para tí e para Margarida de
    Verena.

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