Já não bastava o matraquear constante do meu irmão em
luta com o almofariz, tentando dar conta das sementes de mostarda,
adicionou-se-lhe um involuntário bater
de porta, logo seguido pelo clarão
do relâmpago.
– Já vos mandei fechar a janela, que faz corrente de ar – gritou a minha mãe do
quarto, onde se encerrara há mais de uma hora à luta com a gaveta que recusava
abrir-se.
Só eu me encontrava numa ilusão de paz, que julgava real.
Só eu me encontrava numa ilusão de paz, que julgava real.
Quita Miguel, 55 anos, Cascais
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