Olhava o céu todas as noites àquela mesma hora e
sentia-se invadida por uma súbita paz. Era certamente um cliché, mas nem queria
saber. Batia a porta e ficava
ali, no escuro, junto à janela. Desperta para os sons do vento e das folhas
volteando pelo ar. De vez em quando um
clarão de luz na estrada, entrecortado pelos arbustos dava-lhe a ilusão de partir num grande barco, numa
longa viagem. E era bom. E deixava-se ficar.
Paula
Coelho Pais, 54 anos, Lisboa
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