Anos sessenta. De manhã,
Escola. À tarde rua que Tempos Livres é luxo por inventar.
Jogatinas sucessivas. “Muda
aos cinco. Acaba aos dez”. Baliza de pedras.
Interrompidas apenas pela
chegada abrupta do polícia.
Naquela tarde, fuga e bola
levada atrás das costas.
O Arnaldo que tinha tanto
jeito para jogar como o polícia para entender os sonhos dos jovens, correu e
roubou-lhe o corpo delito.
Durante uma semana o
polícia, envergonhado, foi roubar sonhos a outras crianças.
Leonel
Dias, 65 anos, Setúbal
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