Pastorisa era um rasgo
de sol. À sua passagem tudo se iluminava. Sorriso fácil, olhar amendoado,
caminhava por entre as pedras saltitando com leveza. Gostava de ter por
companhia o murmurar do vento. Naquele dia soalheiro, encorajou as cabras a
subirem o monte. Junto ao regato deixou-se parar no tempo. Fechou os olhos e
adormeceu, desejando que ele a encontrasse.
– Como pode ter
acontecido? Pastorisa não merecia este fim!
A pedra, cansada do
equilíbrio, deixara-se escorregar, matando-a…
Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
Desafio nº 65 – chama-se Pastorisa.
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