Fechou-se na sua viuvez de azeviche
e vazou a festa do azevinho.
Ouviu as vozes
vazias.
Vivera o vazio
de uma gravidez zelosa mas inválida.
E da invalidez
se avizinhou a sua vida.
Fechada numa vasilha, sem vazador.
Um Velasquez,
sem visitas, em Valdevez, zelava pela sua malvadez.
Pendurada numa falsa avidez e altivez.
Não casara com o Aviliez. Outra voraz
tristeza.
A vaselina não escorregava os
dias. Passavam vagarosos. Talvez tivesse deixado
de viver. De vez.
Violeta Seixas, 49 anos, Lisboa
Desafio nº 96 – palavras com Z e V
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