Não tinha sido fácil bater a porta ao passado, mas era uma
questão de assegurar o futuro e não podia olhar para trás. Ou isso pensava
enquanto apertava com força o filho que trazia no ventre. A lua, quase tão
cheia como ela, era o único farol que os guiava rumo à ilusão de uma vida melhor, num silêncio cúmplice, apenas quebrado
pelo som da maré. De repente, um ofuscante clarão,
gritos ensurdecedores numa língua que desconhecia...
Paula Pessanha Isidoro, 34 anos, Salamanca
Desafio nº 94 – com clarão, porta a bater e
ilusão
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