A primavera timidamente se
aproximou. Receosa, esta flor desabrochou. Como uma leve batida num vidro,
pouco a pouco as pétalas se abriram. Como quem teme o que virá depois, de mero
botão, a primor. Tão frágil, tão bela esta flor. Lentamente o seu doce aroma se
dispersou. Mas só foi tomada consciência quando já não mais o vento soprou, e
não mais o aroma se sentiu. Murchou a flor restando apenas semente, paciente, esperando
a próxima primavera.
Liliana Macedo, 16
anos, Ovar
Desafio RS nº 25 – dedos que batem
no vidro (cena)
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