Não tinha sido fácil mentir. Nunca era, menos nesta
situação: estava em jogo a sua amizade com Rute e isso era mais importante do
que qualquer outra coisa. Mas claro, a vergonha de ter sido apanhada em
flagrante com a mão na carteira da professora, essa ninguém lha tirava. Com os olhos pregados ao chão,
tentou esquecer os outros. Os que a acusavam. Pediu desculpa mil vezes
e disse que não fora por mal. E não fora.
Paula Cristina
Pessanha Isidoro, 34 anos, Salamanca
Com os olhos pregados ao chão, tentou esquecer os outros. (Uma pedra sobre o rio, Margarida Fonseca Santos)
Sem comentários:
Enviar um comentário