Ninguém à espera. Aproximo-me.
Pergunto se posso passar. Dizem-me:
– Sem senha, nada feito!
Vou à máquina para tirar a senha
e nada. Volto ao guichet, explico a situação. Repetem-me:
– Sem senha, nada feito!
Tento mudar o meu destino
implorando. Repetem-me:
– Sem senha, nada feito!
Pergunto se há solução e
respondem:
– Quando tiver senha, eu
atendo-a!
Quatro horas depois, senha na
mão, nervos à flor da pele:
– Passe, por favor!
Podia ter sido muita coisa,
decidi ser obediente!
Paula Cristina Pessanha Isidoro, 34 anos, Salamanca
Desafio nº 97 – galinha de encontro
ao vidro
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