Ao ver os quatro rufias de faca em punho, o patrono despertou para a realidade – havia que
manter a boca fechada sobre o atropelamento que testemunhara.
Situação atroz,
aquela de ter de permanecer em silêncio, menosprezando o morto, logo ele, um
defensor da lei.
Atroavam, ao
longe, as sirenes, anunciando a chegada de uma catrozada de polícias, enquanto o advogado se
perdia em considerações: Acidente? Latrocínio?
Vingança?
Mas, depressa percebeu que só lhe restava cavar sem atrofio.
Quita Miguel, 55 anos, Cascais
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