A melodia da água
escorrendo pela escarpa fazia-se música que me embalava. A natureza
embrulhava-me no seu manto verde. Os cheiros embebedavam-me entorpecendo a
minha dor. Fresca era a cor daquele ruído produzido no encontro entre a dureza
da pedra milenar e a sinuoso jorro de água feito cascata. Deixei-me perder no
tempo, num tempo que desejei ausente das lembranças que teimavam rasgar a minha
alma. Permaneci no silêncio desejando não mais olhar para trás. Fiz-me
silêncio…
Amélia
Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
Desafio nº 52 –
uma história com música, ruído e silêncio
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