De imaginação à solta,
capaz de dar um salto para os pontos
altos das histórias que inventava,
Jeremias escrevia furiosamente. Construía livros que mergulhavam nas tolas dos putos e alargavam os sentidos
latos, tão sem graça, que a escola,
baseada em regras tolas, lhes
ensinava. Irritava-se com os miúdos que viviam como peixe podre em lotas abandonadas. Indignava-se que as
histórias parecessem talos que nem
para a sopa do conhecimento serviam. Morreu sem um único livro publicado.
Margarida
Fonseca Santos, 54 anos, Lisboa
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