Em
mesas opostas, os olhares construíram fios de luz. Imaginavam latos horizontes. As pessoas, tolas de espanto, ignoravam o encanto.
Os olhares, em altos e baixos, às
vezes escondiam-se, para reaparecerem novamente, intensamente!
Repetidamente,
a imaginação levava-os a longínquos palácios, onde a Cinderela solta o sapato. Desta perda,
adivinhavam-se rosas e corpos sorridentes. Contudo, o vento soltava gemidos de
compaixão, prevendo o desencontro. Agora, das rosas e dos olhares luminosos,
apenas existem os talos, secos, sem
futuro!
Fernanda Costa,
54 anos, Alcobaça
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