Deambulando pelas saudades
Os dias teciam o tempo onde agora vivia sozinho. Há muito que havia esquecido a cor dos seus gestos de ternura. Os dias alongavam-se pela sua ausência. O tempo esvaziado dos seus sorrisos, das suas gargalhadas, fazia eco na mágoa que agora o abraçava. Subiu a vereda das recordações experimentando a amarga solidão. Deambulou pelas saudades. Lá fora, o vento dançava ao som da melodia das árvores. As recordações reconstruídas pela lembrança acalentavam a sua triste existência.
Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
Desafio nº 70 – frase de palavras obrigatórias
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