Quem espera desespera, dizia com os seus botões a D. Felismina,
embrulhada no xaile que a aquecia há muitos invernos e ajeitando os ossos
cansados no degrau do Centro de Saúde, ainda fechado. Viera sem consulta
marcada, cambaleante e encostada às paredes para não cair, que as maleitas não
têm calendário para atanazar os pobres. Talvez alguém faltasse ou então a
senhora doutora condoída pelo seu estado a atendesse. Uma esperança secreta
nascia. Quem espera sempre alcança!
Desafio RS nº 31 – 14 palavras com
ordem imposta
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