Sentado na proa do barco, segurava o diário. O cheiro
a humidade denunciava o tempo a que tinha sido votado ao
abandono. A avó entregou-o no leito da morte com a responsabilidade de manter o
segredo. Sentia-se em êxtase. Queria descobrir o segredo de família
há tanto escondido. Eram dolorosas as lembranças despertadas pela leitura. Na
última página, a chave do cacifo onde estava o segredo final.
Ficou eufórica. Desajeitada, desequilibrou e a chave caiu no mar…
Amélia
Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
Desafio RS nº 8 – juntar cacifo, cheiro a humidade e
êxtase
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