13/11/15

Recuperação (quase) impossível

Disseram-lhe: “Não vás!” “Está perigoso, louco.” Discordou da ameaça. Foi. Preparada para o pior. Mas o pior do pior?! Bateu à porta, identificando-se. De voz assustada, faz-lhe inquérito minucioso e psicótico. Passou. Abre-lhe a porta. Vê-o. Quadro gravíssimo. Reversível?! Lutaria tenazmente para inverter a situação. Improvável, mas acreditava possível ainda.
Estabeleceu diálogo de compreensão parcial. Conteve zangas… revolta abissal. Suportou, firme. Com gestos e palavras de afecto “aguentou-o”. No dia seguinte seguiu-se internamento inevitável. Acompanhou-o sempre. Recuperou.

Isabel Pinto, Setúbal

Desafio nº 97 – galinha de encontro ao vidro

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