Disseram-lhe: “Não vás!”
“Está perigoso, louco.” Discordou da ameaça. Foi. Preparada para o pior. Mas o
pior do pior?! Bateu à porta, identificando-se. De voz assustada, faz-lhe
inquérito minucioso e psicótico. Passou. Abre-lhe a porta. Vê-o. Quadro gravíssimo.
Reversível?! Lutaria tenazmente para inverter a situação. Improvável, mas
acreditava possível ainda.
Estabeleceu diálogo de compreensão parcial. Conteve zangas… revolta abissal.
Suportou, firme. Com gestos e palavras de afecto “aguentou-o”. No dia seguinte
seguiu-se internamento inevitável. Acompanhou-o sempre. Recuperou.
Isabel Pinto,
Setúbal
Desafio nº 97 – galinha de encontro
ao vidro
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