Aquele furo moía-lhe
o juízo. Rodava a maçaneta e o problema surgia
evidente a massacrar-lhe a paciência. Como surgira aquele estrago
durante a noite? Esqueceu o valor da escultura e desatou a rir do
buraco no anel do bispo. Saiu-lhe um peso do
peito. A pedra nem era preciosa, mas no receptáculo torcido havia
um conteúdo misterioso. ‘Palerma, deixa de fantasiar’.
E sentou-se tranquilo, para continuar a ler o livro de
mistérios, escondido no fundo da gaveta.
Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves, 52 anos, Coimbra
Desafio RS nº 31 – 14 palavras com
ordem imposta
Sem comentários:
Enviar um comentário