10/12/15

Está a morrer

É impossível.
Tenho muito que fazer.
Eu bem tento terminar depressa tudo.
Como parar dez minutos que seja para conversarmos?
Primeiro preciso de terminar estas tarefas importantes de trabalho urgente.
A vida correu tão depressa que nem me apercebi quanto te penalizei.
Assim é difícil.
A espera é demasiado penosa.
Só trabalho, mais trabalho e sempre trabalho.
O cansaço invade cada dia e retira-lhe vida, alegria.
Agora é tarde demais, esperou, envelheceu, adoeceu e está a morrer. 

Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves, 52 anos, Ovar

Desafio RS nº 32 – a arte de dizer não

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