Sentada à lareira naquela tarde
de chuva, ouvia lá fora o vento desorientado pela rua.
Os seus olhos estavam vermelhos das lágrimas perdidas. Ninguém se apercebera dos sonhos
destroçados, do coração partido. Melhor assim, teria que esquecer aquele amor, já ausente, que lhe incendiara os
sentidos na adolescência.
Agora os dias eram cinzentos e feitos de silêncio, mas
o amanhã seria azul e iluminaria um
novo caminho. E soube que iria recomeçar uma autêntica viagem no tempo!
Isabel
Lopo, 69 anos, Lisboa
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