Já esqueci
onde param os meus olhos.
Eles vêem por mim,
passeiam-se por mim,
mas não os vejo.
Caminhantes por corredores escusos,
e memória,
eis os meus olhos
que não vejo.
Encontro outros,
que os fixam,
olhares fugidios,
verdes,
ou assim,
que logo se desviam,
recusando o jogo.
Não vejo os meus olhos,
mas bem vistas as coisas,
observo,
e o mundo vê-me,
na esteira ensolarada dos dias,
no manto da noite.
Afinal,
quantos eus
sou eu?
Jaime
A., 51 anos, Lisboa
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