A terra era a sua casa de onde avistava o rio que lhe refletia no olhar
os dias de maior cansaço. O trigo que ceifava, as vinhas que podava, as regas
do milho nos campos de semeadura, que ficavam por detrás do sol-posto e as
oliveiras varejadas pelos seus braços vigorosos, conferiam-lhe o estatuto de
herói, o meu herói. Já no declinar da idade ainda se espantava com as
madrugadas a lembrarem-lhe os sonhos, sulcados no rosto.
Emília Simões, 64 anos, Mem-Martins (Algueirão)
Mais textos em: http://ailime-sinais.blogspot.pt/
Desafio RS nº
34 – frase de Mia Couto
Boa noite Margarida,
ResponderEliminarMuito obrigada por ter publicado a minha história.
Deixo-lhe um enorme beijinho.
Emília
Lindo texto, Emília. Um grande beijinho
EliminarLinda história do herói, Ailime! Bela homenagem!
ResponderEliminarBoa noite e parabéns a você e a Margarida. Esse desafio é muito interessante.
:) Um beijinho grande
Eliminar