Ela não se dava conta, de como a mãe sofria.
Porque nada podia fazer.
Mas ela não tinha mais ninguém para, dividir,
as queixas.
Mãe, é mãe, está sempre lá.
Se tivesse escutado, os conselhos dela.
Como se arrependia. Mas mesmo assim,
ela escutava-a em silêncio,
e esse silêncio mostrava o sofrimento,
que lhe invadia o peito. E mesmo assim,
antes do último sopro, ainda ouviu dizer:
– DEIXA LÁ, O APELIDO DELE FICOU PRESO NO ARAME FARPADO.
Natalina Marques, 56 anos, Palmela
Desafio nº 60 – apelido preso no arame farpado
(frase obrigatória)
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