No
enésimo dia o bom Deus não descansava.
Uma dúvida o carcomia: Deveria dizer qualquer coisa aos homens, sejam
bons, por exemplo?
Ele
tinha feito o Universo, a maravilha da vida, mas também a morte, o
inferno. Os homens partilhavam de tudo
isso, como podia Ele ordenar-lhes: Amem, sejam justos?
Estas
coisas, achou Deus, sabe-se como começam, mas não como acabam.
Finalmente,
decidiu: – Façam o que puderem; foi a mensagem, a última, amorosa palavra.
E,
pronto, descriou-se.
Ignacio Aparicio Pérez-Lucas, Salamanca, España
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