A monotonia do trabalho enlouquecia-a. Vagares de
imaginação atordoavam-lhe a cabeça. Em vão tentara dar novas ideias ao patrão. Era
um obtuso, sem visão.
Naquela manhã tudo seria diferente. Num ataque de loucura desregulou todas
as máquinas. Então as peças tomaram formas diferentes, desordenadas, desconcertando
quem as fazia.
Apesar dos gritos aterradores do patrão, a pouco e pouco o riso apoderou-se
delas, tomando conta de todas as suas emoções. E pela primeira vez naquele
local fabricaram-se ALEGRIAS....
Isabel Lopo, 70 anos, Lisboa
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