Espanto e sonho
Sempre viveu espantada de existir. Um dia teria de descer à terra, não podia viver toda a vida nas nuvens. Podia ter escolhido um percurso mais rápido, um simples estalar de dedos para acordar. Mas não! Escolheu um fio para ir balançando os sonhos e começou a descida. Verificou que o fio não chegava ao solo, inverteu a marcha e regressou ao seu mundo. Aí, sim, continuaria no espanto. Só o espanto lhe abria portas ao sonho!
Ana Paula Oliveira, 55 anos, S. João da Madeira
Desafio RS nº 34 – frase de Mia Couto
Isto é que foi surpresa! Se me disse que ia ler este conto, passou-me por completo. Na minha cabeça já não cabe o que cabia! ;) Beijinhos
ResponderEliminarNão diga isso! Andamos é todos over the edge...
EliminarUm grande beijinho