Sentada no sofá, embrulhada e de livro aberto
sobre os joelhos, lia as peripécias do amor da Sara e do André. Concentrada no
beijo, tremi ao ouvir um leve toque no vidro da sala e vi uma sombra. Não me
levantei! Aguardei! Ouvi de novo o mesmo bater leve, quase arrependido de tão
lento. Levantei-me, abri a janela e apenas vislumbrei ao longe a silhueta do
que me parecia ser o rapaz que conheci na biblioteca ontem.
Fátima
Fradique, 41 anos, Fundão
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