«Torre» (des)feita
A noite surgira. Com ela, a monótona responsabilidade.
A torre feita de sedas, sarjas, algodão que teimosamente crescera no sofá
do escritório, anunciava mais uma noite ausente de liberdade, ouvindo-se,
apenas, o vapor frenético do ferro. A cada reta desenhada por este sob a camisa
de seda azul petróleo, imaginava o mar cristalino das férias do verão. Com o
olhar fixo no electrodoméstico, envolvi-me numa nuvem, nascida da caldeira.
A torre… Desabou… E Eu? A “passar”… férias!
Carla Veríssimo,
33 anos, Torres Novas
Desafio Escritiva nº 6 – poderes mágicos no corpo
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