De dia, viam-se muito pouco. Ele vivia escondido
nos buracos sombrios: era uma criatura da sombra. Ela habitava nas superfícies
luminosas e quentes, aspirando a energia do sol: era uma criatura da luz. Ao
anoitecer, quando o azul profundo do mar se pintava de laranja, ele emergia à face
das coisas. Certo dia, encontraram-se. Dentro deles, um arco invisível
tornou-se círculo e os uniu. Quem diria que, naquele adormecer
fugaz do astro-rei, criaturas tão antagónicas pudessem amar-se.
Isabel Sousa, 64 anos, Lisboa.
Desafio nº 6 – Início e fim:
De dia viam-se muito pouco …….. Quem diria!
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